Trump Jr. garante que o pai desconhecia encontro com advogada russa
12-07-2017 - 01:15

Filho do Presidente dos Estados Unidos admite que, se pudesse voltar atrás, “faria as coisas de forma um pouco diferente”.

Donald Trump Jr. garante que agiu por conta própria e que o pai não sabia do encontro com uma advogada russa que prometia informações comprometedoras sobre a democrata Hillary Clinton.

Em entrevista à estação de televisão Fox News, o filho mais velho do Presidente dos Estados Unidos defende o pai em mais uma polémica a atingir a Casa Branca.

Donald Trump Jr. admite que, se pudesse voltar atrás, “faria as coisas de forma um pouco diferente”.

Também faz questão de desvalorizar o encontro com a advogada Natalia Veselnitskaya, garantindo que “foi um nada. Não há nada para contar”.

“Para mim, foi pesquisa de oposição”, declarou à Fox News.

O encontro entre o filho do Presidente dos EUA e a advogada russa aconteceu a 9 de Junho de 2016, a cinco meses das eleições presidenciais.

Na altura, Donald Trump estava em campanha eleitoral contra a democrata Hillary Clinton.

A entrevista foi transmitida horas depois de Trump Jr. ter colocado toda a troca de correspondência sobre a reunião na sua conta de Twitter.

Investigação à interferência russa pode chegar a traição

O senador democrata Tim Kaine admite que a investigação à eventual interferência russa nas eleições presidenciais de 2016 está a "ir além" de possível obstrução à Justiça e pode chegar a algo que "potencialmente é traição".

"A investigação ainda não provou nada, mas agora estamos além da obstrução à Justiça, em termos do que se está a investigar", disse Tim Kaine, que integrou, como candidato à vice-presidência, a candidatura de Hillary Clinton à Presidência.

"Isto está a converter-se em perjúrio, declarações falsas e inclusive potencialmente traição", acrescentou o democrata.

Por seu lado, o senador republicano e também ex-candidato presidencial John McCain considerou que já são demasiadas as informações e os indícios relacionados com a ingerência russa nas eleições presidenciais, insistindo que este último episódio também deve ser investigado.

O seu correligionário, Lyndsay Graham, qualificou as mensagens de Trump Jr. como "alarmantes".