OE 2023. Álvaro Beleza diz que líder parlamentar do PSD "não teria feito muito diferente"
18-10-2022 - 11:55
 • Manuela Pires

Presidente da Sedes e membro da comissão política nacional do PS participou nas jornadas parlamentares do PSD, onde defendeu que o Orçamento do Estado para o próximo ano é "equilibrado".

Álvaro Beleza foi às jornadas parlamentares do PSD, esta terça-feira, lamentar que o partido tenha já anunciado o voto contra o Orçamento do Estado para 2023 (OE 2023), apelando ao Partido Socialista (PS) que aceite as propostas de alteração social-democratas que “podem melhorar” a proposta.

Para o presidente da Sedes e membro da comissão política nacional do PS, este OE 2023 é equilibrado e não parece muito diferente de um documento feito pelo líder da bancada parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento.

“Tenho pena que o PSD tenha anunciado o voto contra, preferia que se tivesse abstido, para que as propostas pudessem ser aceites. Espero que ainda possam acontecer, para melhorar o Orçamento do Estado” desafiou Álvaro Beleza.

O socialista diz que o “orçamento é equilibrado, razoável e não parece muito diferente daquilo que um Orçamento do Estado feito pelo Joaquim Miranda Sarmento pudesse ter”.

Álvaro Beleza, que durante o seu discurso defendeu por várias vezes que as reformas de que o país precisa têm de ser feitas pelos dois partidos do centro, PS e PSD, disse que, desta vez, o PS “está pela primeira vez a começar a falar, de maneira mais séria, da redução do IRS e do IRC".

O médico, convidado a participar nas jornadas parlamentares do PSD para falar sobre Saúde, elogiou a criação da direção executiva do SNS, mas defendeu que, para funcionar bem, tem de integrar todos os serviços do SNS, como as Administrações Regionais de Saúde (ARS), os hospitais e os serviços partilhados de saúde.

Para Álvaro Beleza, um dos principais problemas do setor é a falta de acesso aos cuidados de saúde. Para melhorar a gestão do SNS, o socialista defende o modelo das Parcerias Público-Privadas (PPP).

“Temos de ir para um sistema de modelo de gestão na área da saúde como tiveram as PPP, que funcionaram muito bem”, defende, lembrando o relatório do Tribunal de Contas que fala numa poupança de 103 milhões de euros para o Estado.