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A ministra da Saúde admitiu que seria possível realizar as cerimónias do 13 de maio em Fátima, desde que os organizadores garantissem o cumprimento de regras sanitárias. A diocese de Leiria-Fátima já anunciou, contudo, a 6 de abril, que as celebrações vão decorrer na Basílica de Nossa Senhora do Rosário e sem a presença de peregrinos.
"Se essa for a opção de quem organiza as celebrações, de organizar uma celebração do 13 de maio onde possam estar várias pessoas, desde que sejam respeitadas as regras sanitárias, isso é uma possibilidade”, disse Marta Temido, em entrevista na SIC Notícias.
A governante acrescentou que "cada organizador de uma iniciativa tem de fazer um juízo de valor sobre aquilo que vão ser os riscos que vai correr. E pode haver entidades que entendam que aquilo que está em causa é compatível com determinadas regras”.
Assim, Temido remete a decisão de haver ou não peregrinação para o Santuário de Fátima. O cardeal António Marto anunciou, num vídeo divulgado a 6 de abril, como vão decorrer as cerimónias este ano.
Já sobre o 1.º de Maio, a ministra da Saúde considerou que “a celebração estava em linha com aquilo que foi a excecionalidade prevista no decreto presidencial e que referia que deviam ser respeitadas regras de distanciamento”.
A manifestação da CGTP contou com manifestantes de concelhos fora de Lisboa em autocarros da organização, apesar de essas deslocações serem proibidas durante o fim-de-semana.
Presente na celebração esteve Jerónimo de Sousa, líder do PCP, apesar de ter 73 anos, uma idade considerada de risco acrescido para a Covid-19. A ministra da Saúde lembrou que “a idade não é um critério absoluto para determinar o risco, é um critério de risco por si só, mas não é um critério absoluto".
Durante o período de estado de emergência, os titulares de órgãos de soberania, como o Presidente da República e os deputados, assim como os representantes dos parceiros sociais estavam excetuados do dever especial de proteção recomendado para os maiores de 70 anos.
Quanto ao regresso do futebol, Marta Temido reafirmou que será à porta fechada.
Nesta entrevista de cerca de meia hora, na SIC Notícias, a ministra da Saúde reafirmou que, a partir de segunda-feira, o país entra numa nova fase e inicia-se o desconfinamento. Neste âmbito, Marta Temido sugere a utilização de máscara "nas situações em que isso está recomendado, espaços fechados, transportes públicos". E enfatiza: "A máscara é uma cautela suplementar”.
O número de testes tem aumentado. Segundo a governante, "a utilização massiva de testes é muito importante, mas o teste é a fotografia do momento" e alerta: "É um auxiliar, mas não vale tudo".
Reconhecendo que não estamos livres de um eventual recrudescimento do número de casos de infeção pelo novo coronavírus, Marta Temido confirma que "está na altura de começarmos a reprogramar e a recuperar a atividade" também das situações não Covid. "Estamos a preparar separação de circuitos para permitir que as coisas corram bem”, acrescentou.
A pandemia não está ultrapassada. O risco de transmissibilidade já esteve bem mais alto, é agora de 0,92, e a ministra reconhece, sem avançar um número, que quanto mais baixo estiver, melhor.
"Com este número de novos casos por dia, temos estado relativamente confortáveis. Preocupa-me mais com os óbitos, com internados e em cuidados intensivos", referiu
Cerca de 1.800 profissionais de saúde foram contratados nesta fase pandémica e são para manter, garantiu.
[título atualizado]