A Santa Sé está a estudar uma viagem do Papa Francisco à Arménia, já no mês de Junho.
A hipótese ganhou esta sexta-feira mais força com as declarações feitas pelo porta-voz do Vaticano. O padre Federico Lombardi disse que a visita deverá ocorrer na segunda metade do mês de Junho.
Sobre a concretização da viagem, o padre Federico Lombardi confirma que a visita está em estudo, mas informa que a equipa do Vaticano que habitualmente prepara as viagens do Papa ainda não foi à Arménia. Por isso, para já ainda não há programa aprovado, nem datas definidas.
A notícia circula há alguns meses e o pretexto é o centenário dos massacres contra os cristãos arménios, realizados pela Turquia, durante a I Guerra Mundial.
Em Abril do ano passado, numa missa na Basílica de S. Pedro e perante autoridades religiosas da Arménia, o Papa Francisco classificou a morte de um milhão e meio de cristãos, entre 1915 e 1917, como “o primeiro genocídio do século XX”.
O Papa citou a declaração conjunta assinada entre João Paulo II e Karekin II, o líder da Igreja apostólica da Arménia, que não está em comunhão com Roma.
A Turquia reagiu com desagrado, negando esta realidade histórica, quer quando João Paulo II visitou a Arménia em 2001, quer agora com as declarações de Francisco.
O Governo de Ancara considerou “inaceitáveis” as palavras do Papa Francisco, em Abril do ano passado, mandando regressar o embaixador turco, cuja ausência se prolongou por dez meses.
Em causa está também a utilização pelo Papa da palavra “genocídio”, expressão “non grata” para o Governo turco.