José Luís Carneiro diz que “ainda é cedo” para dizer se há condições para o PS viabilizar a proposta de Orçamento do Estado da Aliança Democrática (AD). O ministro da Administração Interna e dirigente do PS falava esta quinta-feira à noite à entrada da reunião da Comissão Política do partido que tem como ponto único de discussão a “análise da situação política”.
Na primeira reunião deste órgão de direção nacional do PS, após a derrota nas eleições de 10 de março, José Luís Carneiro distancia-se da frase oficial adotada pelo líder socialista de que é “praticamente impossível” o partido viabilizar uma proposta de OE apresentada pela AD. Trata-se de uma discussão que “não é oportuna”.
Carneiro, candidato derrotado à liderança do PS, entrou na Comissão Política a dizer aos jornalistas que a questão do orçamento “ainda vem longe” e que “na próxima sema será instalada a Assembleia da República”, depois há que “tratar de conhecer também o Governo e o programa do Governo” e só “depois haverá que verificar se há ou não há uma proposta de Orçamento retificativo”.
Precisamente, em relação à proposta do líder do PS de viabilizar um Orçamento retificativo que valorize diversas carreiras da Administração Pública, Carneiro considera que se trata de “uma posição sensata e cooperante no sentido de procurar dar resposta àquilo que são problemas”, mas ressalva que “é preciso saber primeiro se vai haver”.
Para além disso, o dirigente socialista diz que é preciso saber também “quais são os termos em que esse orçamento retificativo é apresentado, porque há um orçamento que está em curso” e que foi aprovado pela maioria absoluta. “Um bom orçamento, aliás, considerado por todos”.
Carneiro diz que “é preciso aguardar para conhecer o que é que diz esse orçamento retificativo” e como é que o PS se posiciona. Para já a leitura deste dirigente socialista é que o desafio de Pedro Nuno Santos foi de “cooperação” e foi “construtiva”. Neste momento, o dirigente socialista aconselha como “muito importante avaliar os resultados eleitorais” e tirar “as devidas ilações”.