Terminou esta quarta-feira, às 12h00, a greve dos trabalhadores ferroviários, depois de terem sido suprimidos, na terça-feira, mais de metade dos comboios programados pela CP.
Já esta quarta-feira, de acordo com fonte da CP, das 339 ligações previstas a nível nacional, no período entre as 00h00 e as 12h00, realizaram-se 167.
No longo curso, apenas concretizaram-se 20 das 39 ligações previstas. Nos comboios regionais, estavam previstas 165 ligações e efetuaram-se 99. Por fim, nos urbanos de Lisboa, houve 48 ligações das 154 planeadas.
Esta é a segunda greve do setor este mês. Os trabalhadores querem garantir que os comboios vão continuar a operar com dois agentes, e não só com o maquinista. Uma realidade desmentida pela empresa. “A CP não fez, não faz, não fará serviços sem dois agentes escalados de entre as categorias profissionais previstas na regulamentação de segurança ferroviária, quer a nível nacional, quer da própria CP, que tem uma regulamentação própria depositada junto do Instituto de Mobilidade e Transportes”, garantiu na terça-feira o presidente da CP, Carlos Nogueira.
Questionado sobre os prejuízos da segunda paralisação deste mês, o responsável pela empresa ferroviária informou que "não andará longe de 700 mil euros", mas que os números exatos serão conhecidos mais tarde.
Sobre a anterior greve, no passado dia 4 de junho, Carlos Nogueira revelou que a perda de receita para a empresa foi de 1,3 milhões de euros.
Para o final deste mês está já convocada outra paralisação de dois dias apenas no Norte do país, guiada pelo mesmo caderno de reivindicações.