"Por respeito ao povo venezuelano, não convidamos Nicolás Maduro para a investidura do Presidente eleito Bolsonaro. Não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira", disse Ernesto Araújo, através das redes sociais.
O futuro chefe da diplomacia brasileira instou ainda "todos os países do mundo" a afastarem-se de Maduro e a unirem-se "para libertar a Venezuela", mas sem aprofundar tal posição ou eventuais diligências.
Estas declarações de Ernesto Araújo surgem dias depois de Maduro ter envolvido Jair Bolsonaro num alegado plano orquestrado pelos Estados Unidos que teria como principal objetivo matá-lo e acabar com a revolução bolivariana.
Segundo o líder venezuelano, o Presidente eleito brasileiro terá tido conhecimento deste alegado plano durante um encontro com o conselheiro de segurança nacional do Presidente dos Estados Unidos da América, John Bolton.
Nesse encontro, que aconteceu em finais de novembro no Rio de Janeiro, Bolsonaro e Bolton debateram, entre outros assuntos, "medidas" para enfrentar a crise na Venezuela, mas sem especificar pormenores.
"Temos de procurar soluções para a Venezuela. Há que tomar medidas", afirmou então Bolsonaro.
Jair Bolsonaro, de 63 anos, capitão do Exército brasileiro na reforma, filiado no Partido Social Liberal (PSL) e conotado com a extrema-direita, foi eleito o 38.º Presidente da República Federativa do Brasil, com 55,1% dos votos, na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras, no dia 28 de outubro.
A cerimónia de tomada de posse está agendada para Brasília para o próximo dia 01 de janeiro. O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, estará presente.