“É uma situação excecional que precisa do apoio de todos” reconhece a presidente da Gulbenkian. A Fundação decidiu esta sexta-feira atribuir uma ajuda de emergência aos refugiados da Ucrânia no valor de um milhão de euros. Este apoio destina-se a organizações humanitárias no terreno e a associações ucranianas em Portugal.
Em comunicado, a Fundação Calouste Gulbenkian indica que a verba tem como destino a Organização Internacional para as Migrações e o Programa Europeu para a Integração e Migração. Também em Portugal as visadas serão várias associações ucranianas que estão a acolher os refugiados.
A Gulbenkian explica que esta é uma primeira fase de ajuda e admite adotar outras medidas. A presidente Isabel Mota refere que “a Fundação poderá considerar outras medidas, de acordo com a evolução da situação”.
O apoio terá como destino organizações humanitárias que estão a atuar junto dos refugiados “nos países fronteiriços mais pressionados”, indica a fundação que aponta o número crescente de refugiados.
Também em Portugal “será concedido um apoio a várias associações ucranianas, robustecendo a sua estrutura e o seu funcionamento. Envolvidas, desde o início, no apoio humanitário e no acolhimento aos refugiados, estas associações, em conjunto com entidades locais, estão a desenvolver um trabalho que carece de mais apoios”, diz o comunicado.
Isabel Mota sublinha o papel da Gulbenkian, como uma fundação “com um longo historial de ajuda aos migrantes e aos mais vulneráveis”. No comunicado pode ler-se que “a componente internacional deste apoio foi estabelecida após contactos com as redes internacionais que a Fundação Gulbenkian integra”.
Foi também “estabelecido um consenso sobre a urgência de reforçar os fundos já disponíveis para apoiar organizações que ajudam as pessoas que abandonam a Ucrânia, designadamente organizações da sociedade civil que se encontram a operar nos países limítrofes da União Europeia onde esse esforço é mais significativo”.
A Gulbenkian lembra que a “ação das ONG, nos países de trânsito e de destino, tem-se manifestado decisiva para enfrentar a maior catástrofe humanitária na Europa desde a 2ª Guerra Mundial”.