Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
O Governo anunciou este sábado que vai promover a realização de um estudo serológico a uma amostra de 5 mil funcionários e utentes dos lares, durante o mês de agosto.
Num comunicado enviado à imprensa, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSS) explica que o estudo tem como objetivo "aumentar o conhecimento científico atual sobre a duração dos efeitos da vacina nesta população, através da análise da imunidade dos idosos mais vulneráveis que já receberam a vacina, comparando-a com a dos funcionários vacinados na mesma altura."
A iniciativa surge depois do presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), o padre Lino Maia, ter defendido a realização de teste de imunidade “em larga escala”, devido aos novos surtos em lares.
Quanto à questão da terceira dose, o vice-almirante Gouveia e Melo contou na sexta-feira, em entrevista à Renascença, que "não há prova científica ainda da necessidade da terceira dose" e descartou para já tomar essa decisão, opinião secundada pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales.
Já presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, Ricardo Mexia, ter considerado que a situação dos surtos nos lares de idosos merece cautelas, mas não é precisa a massificação dos testes nem uma terceira dose da vacina, por falta de evidência cientifica.
O Governo refere ainda que este estudo serológico "será conduzido pelo Algarve Biomedical Center (ABC) e pela Fundação Champalimaud, e os resultados serão apresentados publicamente em setembro."
O estudo vai procurar usar uma amostra de utentes e profissionais em todas as instituições das regiões do Algarve e Alentejo.
"Os testes não vão acarretar quaisquer custos para as instituições. Os resultados do estudo serão partilhados com as autoridades de saúde e poderão contribuir para decisões futuras sobre esta matéria", acrescenta a nota.
Segundo os dados do Governo, "foram já vacinados 99% dos idosos nos lares e 97% dos funcionários" e, citando a task force da vacinação no comunicado, os dados dizem que falta vacinar mil utentes em lares e 2100 funcionários - 90% dos utentes não vacinados e 70% dos funcionários não vacinados contraíram Covid-19 e, por isso, ainda têm de aguardar 90 dias para tomarem uma dose.