Manuel Alegre diz à Renascença que o primeiro-ministro, António Costa, "não está ferido de morte", na sequência do caso TAP e das demissões do ministro Pedro Nuno Santos e da secretária de Estado Alexandra Reis, mas é necessário uma grande reflexão.
O histórico socialista defende uma coordenação mais eficaz no Governo e que passe a existir um critério mais rigoroso, e escrutínio, na escolha de titulares de cargos públicos.
Nestas declarações à Renascença, Manuel Alegre - que já foi candidato à Presidência da República - assina por baixo a posição já assumida pelo presidente do PS, Carlos César.
“Revejo-me nas palavras que foram ditas pelo meu camarada e amigo Carlos César, que é preciso mais proatividade e atenção. É preciso uma grande reflexão e passar a haver um critério mais rigoroso na escolha dos titulares de cargos públicos, além de uma coordenação mais eficaz”
Questionado se o Governo está ferido de morte após dez demissões no espaço de apenas nove meses, Manuel Alegre considera que não.
“O Governo tem uma maioria absoluta, o primeiro-ministro não está ferido de morte, o primeiro-ministro tem todas as condições para tomar as medidas necessárias à continuação do Governo, mas agora com outra estabilidade e perspetiva”, apela o histórico socialista.
Manuel Alegre não comenta a demissão de Pedro Nuno Santos, conhecida na madrugada desta quinta-feira na sequência do caso da indemnização de 500 mil euros paga pela TAP à ex-secretária de Estado Alexandra Reis.
A Iniciativa Liberal vai apresentar uma moção de censura ao Governo, após a demissão do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, anunciou hoje o líder do partido, João Cotrim de Figueiredo.
O PSD desafiou o primeiro-ministro a dar esclarecimentos ao país, após a demissão de Pedro Nuno Santos do Governo, distanciando-se contudo da iniciativa da Iniciativa Liberal.
“Doutor António Costa, o tempo não é de se esconder. O tempo é de responder (…). Nunca nos habituaremos a esta navegação à vista sem rumo. Nunca nos habituaremos a esta política de empobrecimento”, disse Paulo Rangel.