Um fóssil com 560 milhões de anos, que pertence possivelmente ao primeiro predador animal, foi baptizado em homenagem ao biólogo, apresentador de televisão e historiador inglês, Sir David Attenborough.
Na segunda-feira, os cientistas emitiram um comunicado onde dizem acreditar que o fóssil "Auroralumina attenboroughii" é a criatura com esqueleto mais antiga conhecida até agora.
O fóssil foi encontrado, em 1957, na floresta Charnwood, em Leicestershire, local onde o apresentador de televisão Attenborough procurava fósseis, quando era mais novo. No entanto, nunca se aventurou nas rochas onde foi encontrado o fóssil.
“As rochas eram tão antigas que foram datadas desde muito antes de se ter iniciado a vida na terra. Por isso, nunca procurei lá”, confessa o naturalista.
A primeira parte do nome, Auroralumina, deve-se ao facto de os cientistas acreditarem que a criatura, cuja forma faz lembrar uma tocha acesa, usaria a sua densidade de tentáculos para capturar comida no oceano.
O animal pertence ao grupo que inclui os corais, as alforrecas e as anémonas, lê-se no comunicado. Teria cerca de 18 centímetros e vivia no fundo do mar.
Phil Wilby, paleontólogo e geólogo inglês, contribuiu para a investigação em torno do "Auroralumina attenboroughii" e assume, com entusiasmo, que poderá ser uma chave para conhecer melhor os primórdios da vida na Terra. “É o primeiro e único fóssil de um animal, que conhecemos, que tem um esqueleto”, conta.
“Acredita-se que os grupos de animais modernos, como as alforrecas, surgiram há cerca de 540 milhões de anos”, explica o investigador. “Este predador antecede-os por 20 milhões de anos”.
Não é a primeira vez que Sir David Attenborough vê o seu nome ser atribuído a descobertas de espécies, já tendo ultrapassado as 40 homenagens.