Manifestações de apoio à Palestina saíram às ruas nas últimas horas em várias cidades do mundo, instando Israel a parar as hostilidades na faixa de Gaza, onde a população do enclave enfrenta bombardeamentos e uma crítica falta de bens.
Quando a guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas entra na sua terceira semana, e no dia em que uma pequena quantidade de ajuda entrou em Gaza, manifestantes pró-Palestina reuniram-se à chuva em Marble Arch, perto do Hyde Park, em Londres, antes de marcharem para a zona onde se concentram as principais instituições do poder britânico.
Agitando bandeiras palestinianas, segundo o relato da agência Associated Press, os participantes apelaram para o fim do bloqueio a Gaza e dos ataques aéreos israelitas lançados na sequência de uma incursão brutal no sul de Israel pelo grupo islamita Hamas, que controla o enclave.
As autoridades britânicas instaram os manifestantes a terem em conta a dor e a ansiedade sentidas pela comunidade judaica.
A força da Polícia Metropolitana de Londres afirma ter registado um aumento de 13 vezes dos relatos de crimes antissemitas em outubro, em comparação com o ano passado, enquanto os relatos de crimes antimuçulmanos mais do que duplicaram.
A polícia disse que houve alguns episódios de desordem e também registo de casos de "discurso de ódio" durante os protestos, mas "a maior parte da atividade de protesto decorreu dentro da lei e sem incidentes".
Em Espanha, centenas de manifestantes pró-palestinianos ocuparam um hotel no centro de Barcelona durante cerca de uma hora em protesto contra o confronto no Médio Oriente.
Segundo a polícia local citada pela agência Efe, entre 90 e 100 pessoas que participavam na manifestação a favor da Palestina entraram no átrio do Hotel Cortés, propriedade segundo os organizadores de um magnata israelita.
Os manifestantes, ativistas de diferentes movimentos, incluindo sindicatos, acederam às varandas da fachada, retiraram as bandeiras de vários países que nela estavam hasteadas e substituíram-nas por palestinianas.
Com esta ação, pretendiam denunciar o "genocídio da Palestina" e a inação internacional contra os ataques de Israel.
A polícia destacou que, após uma hora dentro do estabelecimento, os manifestantes abandonaram o local por conta própria, embora não se saiba até o momento se ocorreram detenções ou danos.
Na Austrália, milhares de pessoas marcharam no centro de Sydney, gritando "Vergonha, vergonha, Israel" e "A Palestina nunca morrerá".
As autoridades de Gaza afirmam que mais de 4.300 pessoas foram mortas no território desde o início da guerra.
Mais de 1.400 pessoas foram, por sua vez, mortas em Israel, a maioria civis mortos durante a incursão mortal do Hamas em 7 de outubro.