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As duas horas de hiato entre o momento de desaparecimento do helicóptero do INEM e o avanço do socorro para o local do acidente estão ainda envoltas em muitas dúvidas. Este período será um dos pontos fulcrais das investigações que começaram este domingo, na serra de Valongo.
Até ao momento não há explicações para que a hora do desaparecimento do aparelho do radar na zona de Valongo tenha ocorrido por volta das 18h30, e o alerta à Autoridade Nacional de Proteção Civil só ter chegado às 20h15.
O secretário de estado da Proteção Civil, José Artur Neves, confirma que haverá "um conjunto de entidades que investigarão o que se passou para apurar eventuais responsabilidades, desde logo, o facto de a própria aeronave não ter emitido um sinal como deveria ter emitido".
José Artur Neves não quis confirmar se houve uma chamada para o 112 às 18h45 a dar conta do acidente e voltou a remeter para futuras averiguações qualquer explicação.
O governante deixou, no entanto, a certeza que "tudo funcionou como deveria ser: chegou a indicação ao comando de operações do distrito e, de imediato, foram mobilizados os meios para o terreno".
O helicóptero, em que seguiam o médico espanhol Luis Vega, a enfermeira Daniela Silva, o piloto João Lima e o co-piloto Luís Rosindo, saiu de Macedo de Cavaleiros pouco depois das 15h00. O transporte da doente de 73 anos, ao Hospital de S. João, no Porto, terminou pouco depois das18h00 .
Segundo o Observador, as más condições climatéricas não permitiam que o voo se fizesse em segurança àquela hora. Por isso, o médico e enfermeira terão comunicado que ficavam estacionados no heliporto de Massarelos, no Porto, à espera de melhores condições meteorológicas.
Não o fizeram e acabaram por decidir voar. O facto de não o terem comunicado ao INEM dificultou a compreensão do acidente e o ataque inicial.