MPLA fala em “vitória inequívoca” e “praticamente incontornável” nas eleições
24-08-2017 - 09:45

Os angolanos foram chamados a escolher um novo Parlamento e o sucessor de Eduardo dos Santos, que esteve 38 anos no poder. João Lourenço poderá ser a pessoa que se segue.

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O MPLA, partido que tem estado no poder em Angola, já fala em vitória eleitoral. Gil Martins, secretário do partido para os assuntos políticos e eleitorais, sublinha que, a manterem-se as projecções, a vitória do Movimento Popular de Libertação de Angola será “inequívoca”.

“A vitória do MPLA é praticamente incontornável, está-se a consolidar em termos numéricos e cremos que nas próximas horas poderemos começar a anunciar os números ansiados pelos cidadãos”, afirmou à Rádio Nacional de Angola, no final de uma reunião da direcção do partido.

“O MPLA está cada vez mais confiante e com maior certeza, depois de ter feito uma apreciação preliminar dos resultados que os seus delegados de lista forneceram ao centro coordenador da campanha e que estiveram em apreciação pela direcção do partido”, acrescentou.

O candidato do partido é João Lourenço, até aqui ministro da Defesa. Na opinião do Superior Provincial da Congregação dos Missionários do Espírito Santo em Portugal, padre Tony Neves, que nos últimos anos se deslocou a Angola várias vezes, João Lourenço pode ser a pessoa certa para liderar os destinos do país.

“Tem uma esposa que é excelente em questões de economia e finanças [é funcionária do Banco Mundial] e tem, sobretudo, uma imagem muito positiva dentro de um quadro muito corrupto de governação”, começa por justificar nas declarações à Renascença.

“Creio que terá algumas condições para poder fazer algumas reformas. Li com algum cuidado o programa de Governo e uma das coisas que fala é a diversificação da economia. É absolutamente necessária”, defende ainda o padre Tony Neves.

As eleições decorreram na quarta-feira e a afluência foi na ordem dos 80%. Esta quinta-feira, a Comissão Nacional Eleitoral deve avançar com os primeiros resultados da votação, que envolve a eleição directa do Parlamento e indirecta do Presidente da República, que será o cabeça-de-lista do partido mais votado.