O Papa pediu este domingo, no Vaticano, que o Natal seja uma celebração de fé, fraternidade e solidariedade, com referência especial à dimensão familiar da festa.
“O meu pensamento dirige-se especialmente às famílias, às vossas famílias, que nestes dias de festa se voltam a reunir: quem vive longe dos pais, põe-se a caminho e volta a casa; os irmãos tentam reencontrar-se. Que o Santo Natal seja para todos uma ocasião de fraternidade, de crescimento na fé e de gestos de solidariedade para com os que estão em necessidade”, disse à janela do apartamento pontifício.
Francisco falava a milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a recitação dominical da oração do ângelus, tendo centrado a sua tradicional reflexão na figura de São José.
O Papa falou de um homem “pobre, que vive do essencial” e soube “fazer a vontade de Deus”, mesmo quando confrontado com a gravidez de Maria, evitando uma denúncia que a teria levado à morte.
“O exemplo de São José, manso e sábio, exorta-nos a elevar o olhar, procurando ver além. Trata-se de resgatar a surpreendente lógica de Deus que, longe dos pequenos ou grandes cálculos, é feita de abertura a novos horizontes, a Cristo e à sua Palavra.”
“Que a Virgem Maria e o seu casto esposo José nos ajudem a colocarmo-nos à escuta de Jesus que vem e que pede que o ouçamos nos nossos projetos e nas nossas escolhas”, declarou.
A cerimónia contou com uma delegação de cidades italianas “gravemente poluídas”, que Francisco apoiou na sua luta por uma “melhor qualidade do ambiente e um adequado cuidado da saúde”.
O domingo do Papa começou no auditório Paulo VI, onde recebeu as crianças assistidas pelo dispensário pediátrico “Santa Marta” no Vaticano, com familiares e voluntários.
Num clima de festa, com direito a bolo pelo 83.º aniversário de Francisco, celebrado na última semana, as crianças rodearam o pontífice e apresentaram cânticos e animações sobre o Natal.
O Papa agradeceu a todos os que prepararam o encontro, destacando a importância de brincar com as crianças, antes de apresentar uma breve reflexão sobre as palavras que acompanhavam as caixas oferecidas por três “reis magos: Esperança, Amor e Paz.
“A guerra mata a vida, mata idosos, jovens, crianças, mata tudo. Mas para derrotar a guerra, é necessário amor. Como se pode viver sem guerra? Com amor”, disse, pedindo aos mais novos que repetissem estas palavras, “Esperança, Amor e Paz”.