“Entregam os trabalhadores da Cultura à sua sorte”
27-05-2020 - 00:51
 • Renascença

Trabalhadores da Cultura não sabem se há dinheiro para abrir as salas e estranham que as medidas contra a Covid desapareçam no palco.

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Há salas de espetáculo com a reabertura em risco devido aos custos associados às regras definidas pelo Ministério da Cultura e pela Direção-Geral da Saúde. É o que antecipa Rui Galveias, do Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e Músicos (CENA).

Não há dinheiro suficiente para cumprir as medidas impostas, garante.

“Pode haver salas que não têm condições para fazer os espetáculos porque podem não ter forma de abrir e garantir que existem todos os materiais que são necessários para a higienização. As coisas vêm aos bochechos e depois temos alguma dificuldade em compreender como é que isto é tudo implementado”, refere.

Rui Galveias acrescenta um outro problema: apesar da relevância das regras para os espectadores, os profissionais são esquecidos.

“As medidas de contingência desaparecem quando se entra no palco e isso para nós é um bocado estranho. Estamos muito preocupados porque parece que há um ato de magia: quando se entra em palco já não há risco de contágio e entregam os trabalhadores da Cultura à sua sorte”, acrescenta.

As regras divulgadas pelo Ministério da Cultura exigem máscaras, lugares marcados, definição de vias de entrada e saída, limpeza e desinfeção das instalações e recintos.