A mensagem de Natal mostrou um primeiro-ministro, António Costa, de “braços caídos” e sem “uma palavra para os principais problemas das pessoas”, acusa o secretário-geral do PSD, Hugo Soares.
“Esta é uma declaração em que o primeiro-ministro não teve uma palavra para os principais problemas das pessoas que vivem o dia a dia em Portugal. É um país cada vez mais pobre, com impostos no máximo, serviços públicos no mínimo e um país onde as pessoas têm cada vez mais dificuldades no seu dia a dia para pagar as suas despesas", afirmou o dirigente social-democrata, em reação à tradicional declaração do chefe do Governo.
Hugo Soares considera que António Costa “falou muito de solidariedade, mas apenas no último trimestre do ano, em outubro, se lembrou e percebeu que as pessoas estavam cada vez com mais dificuldades face ao aumento do custo de vida”.
O secretário-geral do PSD apontou problemas como o da falta de professores ou das urgências encerradas ou sobrelotadas.
“Um primeiro-ministro que fala de solidariedade, mas que vê todos os dias urgências hospitalares a fechar, os portugueses com mais dificuldades no acesso ao Serviço Nacional de Saúde”, atirou.
Hugo Soares considera que António Costa “ não resolve o problema do país”, porque é um primeiro-ministro que “do ponto de vista da atuação política já não apresenta nada de novo ao país”.
“Hoje tivemos um Dr. António Costa de braços caídos sem dizer ao país aquilo que quer projetar nos próximos meses, sem oferecer uma palavra de esperança concreta para mudar a vida das pessoas”, referiu o dirigente social-democrata.
“Portugal precisa mesmo de uma nova força, de um novo caminho e este primeiro-ministro já não representa já não representa nem esta força nem este caminho”, sublinhou Hugo Soares.
Na mensagem de Natal, divulgada este domingo, o primeiro-ministro declarou que "a trajetória sustentada de redução do défice e da dívida coloca-nos ao abrigo das turbulências do passado".
António Costa diz que há "razões para ter confiança" e puxa dos galões pelos resultados obtidos no défice e na dívida. Também contraria as oposições e argumenta que o país se tem aproximado "das economias mais desenvolvidas da Europa, com o investimento das empresas, as exportações e o emprego a crescerem".