António Costa não está disponível para cargos na União Europeia, nem antes nem depois das eleições europeias.
Em declarações ao jornal Público, na reação à notícia de que Bruxelas vai pressionar o primeiro-ministro português a ir para o Conselho Europeu, António Costa garantiu que não porá em causa a estabilidade que conquistou.
“Eu sou o garante da estabilidade. Já expliquei a todos que não aceitarei uma missão que ponha em causa a estabilidade em Portugal. Alguma vez eu poria em causa a estabilidade que tão dificilmente conquistei?”, disse Costa à publicação.
Já na última noite, na abertura das jornadas parlamentares do PS, na Madeira, Costa tinha reafirmado o compromisso de levar a legislatura até ao fim.
“Quando vamos a eleições apresentamos um programa, um programa para um mandato completo, um programa para quatro anos. E esse programa é o nosso compromisso. E o nosso dever é, naturalmente, cumprir com aquilo que nos comprometemos com cada uma e com cada um dos portugueses, assegurou António Costa.
Segundo o jornal Público, a indisponibilidade do primeiro-ministro para ocupar cargos europeus assenta na sua preocupação em não criar crises políticas em Portugal, mas também em realizar os objetivos a que se propõe, nomeadamente a estabilização orçamental portuguesa.
António Costa quer também o PS a vencer novamente as legislativas, que estão previstas para daqui a aproximadamente três anos, e estará mesmo disponível para vir a ser de novo candidato à chefia do Governo e cumprir mais um mandato.
A hipótese de António Costa vir a ocupar cargos europeus, na nova hierarquia de poder da União Europeia, após as eleições de 9 de junho de 2024, voltou a ser falada na sexta-feira. Em Bruxelas, uns apontavam o primeiro-ministro português ao cargo de presidente do Conselho Europeu e outros ao cardo de Alto Representante da União Europeia.