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A 17.ª edição do festival CoolJazz, inicialmente prevista para julho de 2020, em Cascais, voltou a ser adiada mais um ano para julho de 2022, "devido devido à pandemia.
"O festival EDP CoolJazz está adiado para 2022. Devido à situação mundial causada pela pandemia da Covid-19 e consequentes incertezas de saúde pública, o evento marca assim nova data para julho de 2022", novamente em Cascais, refere a promotora Live Experiences, num comunicado divulgado esta quarta-feira.
O cartaz para este ano incluía, entre outros, John Legend, Lionel Richie, Neneh Cherie e Kokoroko, Jorge Ben Jor e Herbie Hancock.
"Por todo o respeito que temos por público, artistas, técnicos, todos os envolvidos e, claro está, pela saúde pública, é desta forma que nos vemos obrigados a adiar para 2022. Este festival tem anos de história, tem muita credibilidade junto dos artistas, junto do público, dos agentes, da opinião pública e não queremos oferecer nada mais do que o melhor, e, em 2021, não estão reunidas as condições. Vemo-nos com muita vontade em 2022", afirmou a promotora e diretora da Live Experiences, Karla Campo, citada no comunicado.
Os bilhetes comprados para 2020 e 2021 "serão válidos para os mesmos concertos de 2022, não sendo necessário efetuar a troca".
A organização promete, para "breve", "informações adicionais de bilhetes, novas datas e outras informações necessárias ao público".
O verão do ano passado decorreu sem os habituais festivais de música em Portugal, estimando a Associação Portuguesa de Festivais de Música (Aporfest) uma perda de cerca de 1,6 mil milhões de euros, contra os dois mil milhões originados em 2019, pela atividade.
Este ano, há vários festivais de música marcados a partir de junho, entre os quais o Alive (julho), em Oeiras, o Super Bock Super Rock (julho), em Sesimbra, o Sudoeste (agosto), em Odemira, e o Paredes de Coura (agosto), no distrito de Viana do Castelo, mas os promotores querem saber em que condições os poderão realizar.
Em janeiro, associações representativas do setor iniciaram reuniões, com a tutela da Cultura, e a presença da Direção-Geral da Saúde, em busca de soluções para retomar a atividade após o confinamento.
O "plano de desconfimamento" do Governo, que se iniciou, de forma faseada, em 15 de março, prevê que, a partir de 3 de maio, possam voltar a realizar-se grande eventos exteriores e interiores, com diminuição de lotação, o que pode vir a incluir festivais.
Na apresentação do "plano de desconfimaneto", em 11 de março, o primeiro-ministro salientou que o processo de reabertura será "gradual e está sujeito sempre a uma reavaliação quinzenal, de acordo com a avaliação de risco" adotada.