A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) analisou em Assembleia Plenária um Plano de Comunicação Social da Igreja, que visa “potenciar” as várias iniciativas.
O presidente da CEP, D. Manuel Clemente, assinalou, na conferência de imprensa de encerramento dos trabalhos da assembleia plenária, que é preciso enfrentar as alterações na “maneira de comunicar”, com o “desenvolvimento tecnológico”, sublinhando a “importância” da rede de jornais da Igreja Católica, da Rádio Renascença ou da Agência ECCLESIA, além de “outras iniciativas, mais particulares”.
Na CEP, precisou o responsável, existe a preocupação de “juntar iniciativas”, “potenciando aquilo que cada uma delas pode dar”.
D. Manuel Clemente falou num processo de diálogo para “ir integrando as várias iniciativas e realidades”, por um resultado “mais abrangente, mais capaz”.
O objetivo, acrescentou, é “melhorar a oferta”, para que seja “mais definida, quer nos sujeitos, quer nos objetivos” e “tecnologicamente mais capaz”.
O presidente da CEP descartou um cenário de “fusão” e disse que os trabalhos em curso visam “aproximar” e “potenciar” os diversos organismos, sem os privar da sua “criatividade” própria.
“É um caminho que tem dado passos”, concluiu.
“Tendo em vista a elaboração de um Plano de Comunicação Social da Igreja, a Assembleia tomou conhecimento da reflexão feita pela Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, que inclui um serviço central de Comunicação, e aprovou o seu prosseguimento em ligação com o Conselho Permanente e o Secretariado Geral”, indica o comunicado final da assembleia plenária da CEP, que decorreu em Fátima desde segunda-feira.
O encontro dos bispos católicos aprovou um ‘Plano de Formação de Catequistas’, que procura “potenciar a identidade do catequista como discípulo missionário inserido na comunidade cristã”, assumindo as seguintes opções formativas
– importância fundamental e permanente do primeiro anúncio (querigmática)
– progressividade da experiência cristã através da contemplação dos sinais litúrgicos (mistagógica)
– fundamento constante na Palavra de Deus lida, refletida e rezada
– dimensão eclesial e promoção de um acompanhamento pessoal no processo de crescimento na fé de cada catequizando
– fundamento num processo sistemático e permanente, orgânico e progressivo, integral e por etapas, tendo em conta a especificidade do ministério do catequista.
D. Manuel Clemente quis deixar uma palavra de “gratidão” às dezenas de milhares de pessoas que se empenham na catequese.
A reunião magna dos bispos portugueses debateu ainda as respostas ao questionário enviadas à Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, para “melhor conhecer a realidade dos jovens em Portugal e os acolher, escutar, acompanhar e integrar na Igreja”.
“A Assembleia fez uma análise das como contributo para a próxima Assembleia Geral ordinária sobre os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, marcada para outubro, assinala o comunicado final do encontro.
Os nomes dos representantes da CEP no próximo Sínodo vão ser divulgados após confirmação pelo Papa.
O cardeal patriarca de Lisboa disse aos jornalistas que os jovens querem “atenção”, ser escutados, desejando que as comunidades católicas saibam fazer “com eles” e não só “para eles”.
As próximas Jornadas Pastorais do Episcopado (Fátima, 18-20 de junho de 2018) vão ter como tema ‘Pastoral Juvenil Vocacional’.
A Assembleia analisou também as implicações quanto à aplicação, no âmbito da Igreja Católica, do Regulamento 2016/679 do Parlamento Europeu e do Conselho da Europa, de 27 de abril de 2016, relativo à proteção de dados pessoais.