Clima. Jovem ativista Greta Thunberg acusa líderes mundiais de lhe roubarem os "sonhos e a infância"
23-09-2019 - 18:07
 • Renascença

Na abertura da Cimeira da Ação Climática das Nações Unidas, a adolescente condenou os políticos por não tomarem medidas contundentes para enfrentar as alterações climáticas.

A jovem ativista Greta Thunberg abriu esta segunda-feira a Cimeira da Ação Climática das Nações Unidas, em Nova Iorque, com fortes críticas e apelos aos líderes mundiais, que acusa de lhe terem roubado a infância.

A adolescente sueca, de 16 anos, condenou os políticos por não tomarem medidas contundentes para enfrentar as alterações climáticas.

“Isto é tudo errado. Eu não devia estar aqui. Eu devia estar de volta à escola do outro lado do oceano, mas vocês todos vêm até nós, os jovens, em busca de esperança. Como se atrevem”, declarou Greta Thunberg.

“Vocês roubaram os meus sonhos e a minha infância com as vossas palavras vazias”, atirou a jovem ativista.

Para Greta Thunberg, os planos que os líderes mundiais vão apresentar não serão suficientes para responder ao ritmo de aquecimento do planeta.

As gerações que mais poluíram o planeta colocaram aos ombros dos jovens o impacto extremo das alterações climáticas, acusa a ativista que tirou um ano sabático na escola para lutar pelo ambiente.

Líderes políticos dos 193 Estados-membros das Nações Unidas reúnem-se na Cimeira da Ação Climática, com o objetivo de anunciar compromissos e projetos concretos para o reforço do combate às alterações climáticas.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou esta segunda-feira que "ainda não é demasiado tarde" para atender ao que considera a emergência climática mundial, mas advertiu que o tempo está a esgotar-se.

"A emergência climática é uma corrida que estamos a perder mas que ainda podemos ganhar. A crise climática é provocada por nós e as soluções devem vir de nós. Temos as ferramentas: a tecnologia está do nosso lado", afirmou o português perante dezenas de líderes internacionais ao abrir a Cimeira da Ação Climática, que decorre na sede da ONU.

Esta segunda-feira de manhã, no Vaticano, o Papa sublinhou que a sua encíclica Laudato si “não é uma encíclica ecológica, mas social, e promove um novo modelo de desenvolvimento humano integral”.