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O Bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, não aceita a eutanásia como um procedimento válido na saúde e é contra a eventual realização de um referendo.
“A vida é um dom natural que deve defender-se e promover-se e a eutanásia é a provocação da morte indevida. Sou favorável que a pessoa doente seja tratada, por ventura, com medicamentos e formas de aliviar as dores que podem facilitar o abreviar da morte, mas provocar a morte de uma forma imediata e expressa, dando um medicamento para que a pessoa deixe de viver, é uma forma que não posso aceitar de maneira nenhuma”, afirma o prelado.
Nestas declarações à Renascença, D. Ilídio Leandro acrescenta que aceita a democracia dessa decisão do referendo, caso venha a ser tomada, mas acredita que o tema da eutanásia “não é um assunto referendável”, porque a vida “nunca é referendável”.
“Nunca ninguém pode dizer sim ou não à vida. O referendo à vida nunca é um modo legal”, reforça.
A discussão da legalização deve acontecer no Parlamento até junho.