O coordenador do PS na comissão de inquérito à TAP, Carlos Pereira, afirmou esta sexta-feira que vai sair daquele órgão parlamentar para poder dar-lhe a "tranquilidade necessária", acabando com o que considerou um "clima de suspeição".
"Acho que o melhor que posso fazer é, de facto, abandonar a comissão parlamentar de inquérito, dar-lhe a tranquilidade necessária", afirmou Carlos Pereira, em conferência de imprensa na Assembleia da República, na qual esteve acompanhado pelo líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias.
O deputado socialista disse esperar que, com esta decisão, "se acabe com o clima de suspeição, insinuação, especulação" que considerou andar a pairar sobre a comissão de inquérito à TAP.
Carlos Pereira rejeitou ainda que tenha decidido sair por antecipar um parecer desfavorável da comissão parlamentar de Transparência relativo à sua participação numa reunião com assessores governamentais e a presidente executiva da TAP na véspera de uma audição parlamentar.
O deputado socialista acrescentou também que não o faz porque "houve um perdão de uma dívida" da Caixa Geral de Depósitos, acrescentando que é "falso que tenha havido um perdão", favorecimentos ou incompatibilidades.