Helicópteros com 35 anos? Ministra diz que são seguros e adequados
20-09-2022 - 15:58
 • Liliana Monteiro

​Ministra da Defesa acredita que a escolha dos novos meios aéreos comprados pelo Estado para combate a incêndios são ajustados à missão, apesar de alguns terem 35 anos de uso. Na resposta ao PSD, que pede esclarecimentos no Parlamento sobre roubo de documentos da NATO, Helena Carreiras mostra-se disponível, mas alerta para o sigilo da questão.

“Não imagino que não possam ser aparelhos adequados, seguros e ajustados à missão”. A ministra da Defesa responde desta forma à questão levantada pela Renascença: como se justifica a compra de helicópteros Black Hawk com 35 anos para combater incêndios?

Na passada sexta-feira, a Renascença noticiou que o Estado comprou, em agosto, seis helicópteros Black Hawk, no valor de 43 milhões de euros, comparticipados através do PRR, aeronaves que “cumprem integralmente os requisitos do caderno de encargos tendo uma idade igual ou inferior a 35 anos".

Em declarações esta terça-feira, a ministra Helena Carreiras explicou que a aquisição de aparelhos é acompanhada por peritos conhecedores de aeronaves, que os contratos têm “critérios definidos e que aí estarão as respostas para a idade dos aparelhos”.

Lembrou ainda que a Força Aérea está “mandatada para gerir e se ocupar dos meios do Estado relativos ao combate aos incêndios e que será ela a gerir os meios próprios de forma mais racional e económica”.

Ministra disponível para ir ao Parlamento

O PSD vai requerer potestativamente a audição da ministra da Defesa Nacional, caso o PS rejeite os requerimentos para ouvir Helena Carreiras sobre o ciberataque que expôs documentos da NATO.

Confrontada com esta questão, Helena Carreiras respondeu: “estarei sempre disponível para ir ao Parlamento falar do que puder e quando puder”, sublinhando que o Gabinete Nacional de Segurança está a fazer as suas averiguações.

Na linha do Ministério da Defesa, garante, está sempre a cibersegurança e a ciberdefesa.

“O que acontece com casos singulares não deve ter consequências pontuais devemos introduzir em todas as rotinas a cibersegurança, ciberdefesa como objetivos permanentes”, concluiu Helena Carreiras.