Rússia nega acusações sobre violações na Ucrânia
13-04-2022 - 23:28

Vice-embaixador russo nas Nações Unidas diz que está em causa "uma guerra de desinformação" contra a Rússia, acusando os militares ucranianos de praticarem crimes sexuais na região de Donbass.

A Rússia nega as acusações de violações sexuais por parte de militares russos na guerra na Ucrânia, considerando-as como "insultuosas" e "sem bases".

"Hoje, temos novamente aqui acusações insubstanciais contra os militares russos por fazerem o seu dever nesta operação militar especial na Ucrânia. Rejeitamos veemente estas insinuações insultuosas e sem base", afirmou o vice-embaixador da Rússia junto da Organização das Nações Unidas (ONU), Gennady Kuzmin.

Esta quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU realizou o debate anual aberto sobre violência sexual relacionada com conflitos, intitulado: "Responsabilidade como Prevenção: Fim dos Ciclos de Violência Sexual em Conflitos".

A reunião centrou-se no fortalecimento da responsabilidade e na abordagem da impunidade da violência sexual relacionada com conflitos, e as acusações de violações sexuais na Ucrânia por parte dos militares russos foram citadas por várias delegações diplomáticas.

"Tenho expressado grande preocupação com as crescentes alegações de violência sexual e pedi investigações rápidas e rigorosas, para garantir a responsabilização como um aspeto central da dissuasão, prevenção e não repetição. Os testemunhos pessoais angustiantes e fotografias vistas em todo o mundo, violações sob a mira de uma arma e violações na frente de familiares, são uma chamada de ação", disse a representante especial do Secretário-Geral da ONU sobre Violência Sexual em Conflitos, Pramila Patten.

Contudo, para Gennady Kuzmin está em causa "uma guerra de desinformação" contra a Rússia, acusando os militares ucranianos de praticarem crimes sexuais na região de Donbass.

"Um dos objetivos desta campanha de desinformação contra os militares russos no terreno é esconder a violência sexual que os militares ucranianos radicais estão a praticar na região de Donbass durante anos, desde 2014. (...) Achamos que os perpetradores devem ser julgados e punidos e estes atos não podem ser silenciados como o ocidente quer", advogou o vice-embaixador russo.