Foi adiado o julgamento do caso da reconstrução de casas que arderam nos incêndios de Pedrogão Grande em 2017. A primeira sessão estava marcada para esta manhã, mas foi adiada para 26 de outubro.
Devido ao elevado número de arguidos e à pandemia, o julgamento iria decorrer no auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria.
No processo estão acusadas 28 pessoas, entre elas o presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves. Em causa estão crimes, como burla qualificada e falsificação de documentos, na utilização de apoios públicos para recuperar estes imóveis.
Além de Valdemar Alves, também pediram a abertura da instrução um ex-vereador e o construtor civil. Valdemar Alves e Bruno Gomes vão responder por 20 crimes de prevaricação de titular de cargo político, 20 crimes de falsificação de documento e 20 crimes de burla qualificada, os mesmos crimes de que estavam indiciados na acusação do Ministério Público.
Já João Paiva está acusado de um crime de burla qualificada e outro de falsificação de documentos.
O incêndio, que deflagrou em 17 de junho de 2017, em Escalos Fundeiros, no concelho de Pedrógão Grande, distrito de Leiria, e que alastrou depois a concelhos vizinhos, provocou 66 mortos e 253 feridos, sete deles com gravidade, tendo destruído cerca de 500 casas, 261 das quais habitações permanentes, e 50 empresas.
O Ministério Público de Coimbra deduziu acusação contra 28 arguidos no âmbito do inquérito que investiga alegadas irregularidades no processo de reconstrução das casas que arderam no incêndio.
A acusação refere-se à prática de 20 crimes de burla, 20 crimes de prevaricação de titular de cargo político, 20 crimes de falsificação de documentos, um crime de falsidade informática e um crime de falsas declarações".