​Regresso do Sporting aos treinos. "Varandas sabe o que está a fazer"
21-04-2020 - 12:45
 • João Paulo Ribeiro

O Sporting regressou ao trabalho e esse facto foi criticado pelo presidente do Marítimo. Paulo Andrade, antigo dirigente dos leões, diz que "se há um presidente que sabe o que tem de fazer neste momento é Frederico Varandas que é um profissional da saúde".

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O antigo dirigente do Sporting Paulo Andrade comenta as palavras do presidente do Marítimo e acredita que o Sporting está a ser colocado no meio de uma guerra entre clubes madeirenses. O Sporting regressou ao trabalho e esse facto foi criticado por Carlos Pereira, presidente do Marítimo, numa entrevista à Renascença.

O líder do clube madeirense afirmou que se tratou de um desrespeito pelo estado de emergência e defendeu que essa medida devia ser tomada, em conjunto, por todos os emblemas dos campeonatos profissionais, numa crítica implícita ao Nacional da Madeira, primeiro clube em Portugal a regressar ao trabalho no relvado, após o início da crise da pandemia de Covid-19.

Paulo Andrade desvaloriza a questão e mostra confiança na opção tomada pelo clube de Alvalade.

"Admito que o objetivo seja colocar o Sporting no meio de uma guerra, mas não temos nada a ver com isso e acho que nem devemos responder. Se há um presidente que sabe o que deve fazer, neste momento, é Frederico Varandas que é um profissional da saúde e teve, certamente, em consideração todas as restrições que o governo impôs neste período", referiu em entrevista a Bola Branca.

Momento certo para regressar

Segundo Paulo Andrade, este era o momento certo para voltar aos treinos, quando já se fala no regresso da competição.

"Se forem asseguradas todas as regras impostas pelo Governo, não vejo motivo para que os clubes não regressem ao trabalho. É normal que o Sporting o tenha feito, nesta altura", considerou.

Paulo Andrade é dos que consideram que o campeonato deve regressar para a realização das jornadas finais. Na opinião do antigo responsável pelo futebol do Sporting, os restantes jogos devem decorrer à porta fechada ou com limitação de público nas bancadas.

"Os jogos têm de ser realizados. Há que cumprir as regras de segurança no que falta para terminar a época. Os desafios devem ser jogados sem público mas também admito que o governo possa aceitar um número diminuto de espetadores nos estádios, salvaguardando as distâncias entre cada pessoa. É algo que será difícil mas o campeonato deve ser realizado até ao fim", concluiu.

O futebol está suspenso em, praticamente, todo o planeta. Em Portugal, o Sporting foi o primeiro clube da I Liga a regressar ao treino no relvado, com condicionalismos, depois do Nacional da Madeira, do segundo escalão, ter voltado ao trabalho na semana passada. A Liga Portuguesa pretende reatar os campeonatos a 14 ou 21 de junho.