O Ministério Público deduziu acusação contra Clóvis Abreu pelo homicídio de Fábio Guerra. O arguido foi pronunciado "pela prática de três crimes de homicídio qualificado, sendo que dois deles são na forma tentada, e dois crimes de ofensas à integridade física qualificadas graves", explica o MP em comunicado.
Clóvis é o único envolvido na morte do agente da PSP Fábio Guerra que ainda não foi julgado, depois dos ex-fuzileiros Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko terem sido condenados a 20 e 17 anos de prisão, respetivamente.
O acusado andou fugido à polícia durante um ano e meio, acabando por entregar-se às autoridades em março do ano passado. Desde setembro de 2023 que está em prisão preventiva.
Pedido de indemnização de 184 mil euros
Na madrugada de 19 de março de 2022, nas proximidades da discoteca Mome, na zona ribeirinha de Lisboa, Fábio Guerra foi vítima de espancamento, tendo acabado por morrer dias depois no Hospital de São José, em Lisboa, devido a "graves lesões cerebrais".
Em causa, para além do processo criminal, está também o processo cível, deduzido pelo Ministério Público em nome do Estado português e que envolve um pedido de indemnização de €184.437,58 euros.
A investigação está a ser dirigida pelo DIAP de Lisboa, coadjuvado pela Polícia Judiciária. "Por temerem represálias, várias testemunhas continuam a beneficiar do regime de proteção de testemunhas", acrescenta o MP.