As mulheres estão a morrer mais de cancro do pulmão, ao contrário dos homens - que ainda são a maioria dos óbitos, mas estão a diminuir. A notícia é avançada pelo “Jornal de Notícias”.
De acordo com o JN, o Relatório do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, que é esta quinta-feira apresentado no Porto, refere que o tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão matou 980 mulheres em 2015. No ano anterior tinham sido 850.
Segundo os especialistas, este aumento de 15% era esperado porque "reflecte as mudanças conhecidas no consumo do tabaco", lê-se no documento, onde se prevê que as mortes continuem a crescer.
Ouvido pelo jornal, o director do programa nacional, Nuno Miranda, considerou este aumento como "muito significativo" e que reflecte "a chamada democratização de género" do tabaco, uma vez que as mulheres começaram a fumar há menos tempo do que os homens. "O que é de esperar é que a mortalidade feminina vá aumentando. Porque, ainda por cima, as mulheres são mais sensíveis ao tabaco e têm cancro mais cedo", explicou.
Actualmente, por cada três homens que morre de cancro do pulmã, há registo da morte de uma mulher. No entanto, a diferença deve esbater-se nos próximos anos, seguindo a tendência dos países europeus, onde a mortalidade é de 1,5 homens para uma mulher.
Em Portugal, a morte de homens devido a cancro do pulmão reduziu de 3.077, em 2014, para 3.035 em 2015.
Ainda de acordo com o relatório que vai ser apresentado, depois do cancro do pulmão - o mais mortífero - os portugueses morrem de cancto do cólon e do reto.