O Inter de Milão oficializou, esta sexta-feira, a rescisão de contrato, por mútuo acordo, com Christian Eriksen, médio dinamarquês que não joga desde que sofreu uma paragem cardiorrespiratória no Euro 2020.
Já se sabia que dificilmente Eriksen poderia continuar a jogar em Itália, dado que, após a recuperação, foi-lhe implantado um desfibrilhador cardíaco, algo que o regulamento da Serie A não permite.
Em comunicado, o Inter de Milão manifesta o seu apoio ao internacional dinamarquês, de 29 anos, e deseja-lhe "o melhor para o futuro".
"Mesmo que hoje os caminhos do Inter e do Christian se separem, um laço forte e indissolúvel manter-se-á. Os melhores momentos, os golos, as vitórias, o apoio dos adeptos no exterior do San Siro na celebração do 'Scudetto' [título de campeão italiano]: tudo ficará gravado na história dos 'Nerazzurri'", pode ler-se no site oficial do clube italiano.
Christian Eriksen estava no Inter desde janeiro de 2020. Em época e meia, marcou oito golos e fez três assistências em 62 jogos e conquistou um campeonato italiano, o primeiro da equipa de Milão desde 2010.
Ao minuto 43 do segundo jogo do Euro 2020, entre Dinamarca e Finlândia, em Copenhaga, Christian Eriksen caiu inanimado, devido a uma paragem cardiorrespiratória. O jogador recebeu assistência médica no relvado, tendo mesmo sido reanimado, e recuperou a consciência ainda antes de ser transportado para o hospital, já estabilizado. O jogo viria a ser suspenso e, posteriormente, retomado, terminando com a vitória finlandesa por 1-0. A Dinamarca chegaria às meias-finais.
O reatamento do jogo foi atribuído à vontade dos jogadores de ambas as equipas e do próprio Eriksen, que falou com os companheiros já desde o hospital para tranquilizá-los. Contudo, a Federação e o selecionador dinamarqueses criticaram o comportamento da UEFA.
A UEFA garantiu, no entanto, que "tratou do assunto com o máximo respeito pela situação e pelos jogadores". "O jogo foi retomado apenas depois dos jogadores das duas equipas terem pedido para que isso acontecesse", vincou o organismo que rege o futebol europeu.
No início de dezembro, Eriksen regressou ao Odense, clube de formação, para retomar os treinos individuais, já com bola, com um treinador privado. O regresso ao futebol continua a ser uma incógnita.