Aí está o Museu de Arte Contemporânea do Centro Cultural de Belém (CCB), o novo museu nacional a ser inaugurado em 2023.
"É a denominação do novo museu, que em 2023 inaugurará aqui no espaço do CCB. O CCB recupera hoje a gestão e a posse de um espaço de 9 mil metros quadrados, um centro expositivo com grande dimensão e de grande alcance", adiantou Pedro Adão e Silva aos jornalistas.
O anúncio foi feito pelo ministro da Cultura esta segunda de manhã, após reunião com o conselho de administração do CCB, que ficará responsável pela gestão do novo museu para já.
Aos jornalistas, Adão e Silva explicou que o MAC CCB vai reunir coleções do extinto Museu Berardo e a coleção Elipse, que pertence ao falecido banqueiro João Rendeiro.
O calendário da inauguração já está traçado, mas ainda não foi anunciado.
"Queremos estabilizar o quadro em que o novo museu operará e temos um conselho de administração, do CCB, que nos dá todas as garantias de que é capaz de assumir também esse lado de direção do museu. Mais à frente a questão colocar-se-á, mas para já num quadro de alguma incerteza vai ser o conselho de administração do CCB a gerir todo este processo."
Em relação à continuidade da coleção Berardo no MAC CCB, tal dependerá do resultado do diferendo jurídico que opõe o comendador Joe Berardo e três bancos. Quando a Justiça decidir quem é afinal proprietário das obras, adianta Adão e Silva, o Estado estará pronto para negociar os termos da continuação da coleção no novo museu do CCB.
"Naturalmente que estaremos interessados em negociar com quem for decretado proprietário da coleção os termos da continuidade dessa coleção no museu, Até lá, neste contexto de incerteza, o que nos cabe é garantir que a fruição pública da coleção se mantém."
Adão e Silva informou ainda que o orçamento da fundação CCB contará este ano com um reforço de 2,1 milhões de euros, que transitam da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea – Coleção Berardo, extinta em dezembro.
O ministro da Cultura não descarta, porém, um reforço de orçamento para lá desses 2,1 milhões de euros adicionais, agora que a fundação CCB voltará a ter a gestão do centro de exposições que, ao longo dos últimos 15 anos, acolheu o Museu Coleção Berardo.
No exterior do CCB foram retirados hoje os painéis indicativos do que era o Museu Coleção Berardo e serão colocados os que designam agora a existência do MAC-CCB.
Para os visitantes, praticamente não há, para já, qualquer alteração na entrada no Centro de Exposições do CCB.
A partir de terça-feira, dia 03, será possível visitar a coleção de arte contemporânea constituída pelo empresário madeirense José Berardo.
Pedro Adão e Silva referiu que será "preciso fazer um conjunto e alterações ao longo de 2023, desde pequenas intervenções a obras" para preparar a abertura oficial do MAC-CBB.