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O Governo alemão vai retirar Portugal da "lista vermelha" de destinos turísticos, o que significa que prova de vacina ou recuperação da Covid-19 isentarão os viajantes de cumprir quarentena quando regressarem a solo germânico.
Anteriormente, Portugal encontrava-se na lista de "áreas de variante do vírus". De acordo com o Instituto Robert Koch, passará, a partir de quarta-feira, a integrar a lista de alta incidência de risco. Também Reino Unido, Rússia, Índia e Nepal saem da lista vermelha.
Quando Portugal estava na lista vermelha, os turistas alemães que viajassem para Portugal estavam obrigados a cumprir uma quarentena de 14 dias no regresso a casa, mesmo que tivessem prova de vacinação ou de recuperação da doença. Agora, se apresentarem um desses documentos, não terão de ficar confinados.
Quem não apresentar uma destas duas provas terá de cumprir quarentena durante dez dias. Contudo, poderá encurtar esse período para cinco dias se tiver um teste negativo à Covid-19 ou se aceitar ser testado e não acusar a presença do novo coronavírus.
Portugal estava na lista vermelha da Alemanha desde o dia 25 de junho. Uma decisão que motivou críticas do ministro dos Negócios Estrangeiros português pelo rigor e pelo "timing", uma vez que o certificado digital de Covid-19 tornou-se lei a 1 de julho, apenas uma semana depois.
"A lógica do certificado Covid-19 é podermos tomar medidas restritivas para controlar a pandemia e deixarmos circular as pessoas que estiverem vacinadas ou imunizadas", apontou Augusto Santos Silva, em declarações à Lusa.
A própria Comissão Europeia criticou a decisão da Alemanha de colocar Portugal na "lista vermelha" de restrições a viagens.
"Os Estados-membros devem seguir a abordagem acordada na recomendação, tomando medidas estritas, como a quarentena, mas evitar proibições de viajar. As medidas alemãs não parecem estar alinhadas com a recomendação", disse o porta-voz do executivo comunitário para a área da Justiça, Christian Wigand, na passada terça-feira.
A decisão de Berlim foi motivada pelo facto de, a 25 de junho, a variante Delta do novo coronavírus, inicialmente detetada na Índia e atualmente predominante nos territórios português e britânico, ser predominante em Portugal. De acordo com o relatório do Instituto Ricardo Jorge de 29 de junho, é a responsável por mais de metade dos casos em solo nacional, passando de 4% em maio para 55,6% em junho.
No entanto, no próprio dia 1 de julho, passada quinta-feira, o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, admitiu retirar Portugal e Reino Unido da "lista vermelha", uma vez que as projeções apontavam que, durante o mês de julho, a variante Delta do SARS-Cov-2 também teria uma incidência entre 70% a 80% na Alemanha.
Esta variante doo novo coronavírus é considerada mais contagiosa e possivelmente mais resistente a algumas vacinas.