Os acontecimentos de Tancos não deviam ter acontecido, mas não definem a instituição militar, considera o general José Pinto Ramalho.
O ex-chefe do Estado-Maior do Exército referia-se ao furto de material de guerra da base de Tancos e frisa que não se deve crucificar uma instituição apenas com base num aspecto negativo.
“Os acontecimentos são negativos, não deviam ter acontecido, mas não são mais do que isso. A instituição militar não é isso. E não se pode crucificar uma instituição por um erro ou por um aspecto negativo que ocorreu”, disse o general, à margem da apresentação do livro “As Forças Armadas portuguesas: a complexidade e os desafios da instituição militar", da autoria do Grupo de Reflexão Estratégica Independente.
“Eu sou optimista e acho que os portugueses têm uma noção muito concreta, sobretudo os que passaram pelas fileiras, fizeram a guerra em África e conhecem a instituição militar nos momentos críticos, como foram as inundações na Madeira, os incêndios, os portugueses percebem para que é que servem e que confiança podem esperar das suas Forças Armadas”, concluiu o oficial.