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A presidente da Comissão Europeia revelou que recebeu a garantia da Pfizer que as doses previstas para entrega na União Europeia no primeiro trimestre serão concretizadas.
Ursula Von der Leyen diz que falou com o responsável da farmacêutica logo após ter sido divulgado que a Pfizer ia limitar temporariamente a produção de vacinas, de forma a depois conseguir aumentar a capacidade de produção.
“Hoje, recebi a notícia, como muitos de vocês, que a Pfizer anunciou atrasos. Telefonei imediatamente ao diretor-geral da Pfizer e ele explicou que há um atraso de produção nas próximas semanas, mas assegurou-me que todas as doses garantidas para o primeiro trimestre serão entregues no primeiro trimestre”, declarou Ursula Von der Leyen.
A presidente da Comissão Europeia falava em Lisboa, numa conferência conjunta com o primeiro-ministro, António Costa, no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia e a receção ao Colégio de Comissários da Comissão Europeia para uma ronda de reuniões sobre o programa e as prioridades da presidência portuguesa.
Na conferência de imprensa, o primeiro-ministro aconselhou os restantes estados membros a seguirem a estratégia de Portugal e guardarem parte das doses que recebem para garantir a segunda toma.
Os dois líderes foram ainda confrontados com a sugestão grega sobre a criação de um passaporte de saúde europeu, um documento que ateste que a pessoa já foi vacinada contra a Covid-19 e possa assim viajar livremente pela União Europeia.
A presidente da Comissão Europeia reconhece que é "absolutamente necessário" existir um certificado de vacinação, mas que, dado que a vacina não é obrigatória, os cidadãos que não sejam vacinados podem ter como alternativa a apresentação de um teste negativo.
Na mesma linha, António Costa sublinhou que o essencial é "que a liberade de circulação seja fluida e que ninguém tenha que voltar a fechar fronteiras".