Leonor Beleza recebe Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes
02-12-2024 - 11:53
 • Maria João Costa

O júri do prémio, atribuído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, destaca o sentido de “humanismo cristão” que tem norteado a vida da atual presidente da Fundação Champalimaud.

Leonor Beleza, a atual presidente da Fundação Champalimaud foi distinguida hoje com o Prémio “Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes”.

Atribuído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura o prémio distingue, desde 2005 personalidades, percursos e obras que refletem o humanismo e a experiência cristã no mundo contemporâneo.

Nesta edição correspondente ao ano de 2023, o nome de Leonor Beleza foi escolhido pelo júri que destaca a sua “autenticidade e compromisso” que “nortearam o projeto de vida de Leonor Beleza no sentido desse humanismo cristão”.

O júri, presidido por Dom Nuno Brás da Silva e que teve como membros Guilherme d’Oliveira Martins, José Carlos Seabra Pereira, P.e José Frazão SJ e Maria Teresa Dias Furtado considerou que Leonor Beleza “tem conjugado exemplarmente o estudo e a intervenção, o discernimento ético-social e o saber jurídico, o espírito de comunidade e o serviço público”.

Tanto enquanto estudante, como na docência universitária, até aos dias de hoje, e nas funções governativas que exerceu, o júri considera que a atuação de Leonor Beleza foi um exemplo desse “humanismo cristão”.

“Sobre a primazia da Educação e da consequente emancipação da consciência crítica, cedo elegeu como áreas privilegiadas de vocação e convicção o conhecimento e a dignificação da Condição Feminina e a estruturação e a eficiência dos sistemas de Saúde”, refere o comunicado enviado à Renascença.

O júri sublinha ainda que Leonor Beleza tornou-se “ao longo de meio século de regime democrático figura de relevo integrando ou liderando organismos em sucessivas instâncias”

Beleza esteve na Comissão da Condição Feminina entre 1975 e 1982, a Comissão de Revisão do Código Civil entre 1976 e 1977, “com particular incidência no Direito de Família” e foi presidente do Comité para a Igualdade entre as Mulheres e os Homens do Conselho da Europa em 1981.

É também destacada a “lúcida determinação” nas funções de Ministra da Saúde que exerceu e agora, na “condução inovadora e generosa da Fundação Champalimaud”.