Leonor Beleza, a atual presidente da Fundação Champalimaud foi distinguida hoje com o Prémio “Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes”.
Atribuído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura o prémio distingue, desde 2005 personalidades, percursos e obras que refletem o humanismo e a experiência cristã no mundo contemporâneo.
Nesta edição correspondente ao ano de 2023, o nome de Leonor Beleza foi escolhido pelo júri que destaca a sua “autenticidade e compromisso” que “nortearam o projeto de vida de Leonor Beleza no sentido desse humanismo cristão”.
O júri, presidido por Dom Nuno Brás da Silva e que teve como membros Guilherme d’Oliveira Martins, José Carlos Seabra Pereira, P.e José Frazão SJ e Maria Teresa Dias Furtado considerou que Leonor Beleza “tem conjugado exemplarmente o estudo e a intervenção, o discernimento ético-social e o saber jurídico, o espírito de comunidade e o serviço público”.
Tanto enquanto estudante, como na docência universitária, até aos dias de hoje, e nas funções governativas que exerceu, o júri considera que a atuação de Leonor Beleza foi um exemplo desse “humanismo cristão”.
“Sobre a primazia da Educação e da consequente emancipação da consciência crítica, cedo elegeu como áreas privilegiadas de vocação e convicção o conhecimento e a dignificação da Condição Feminina e a estruturação e a eficiência dos sistemas de Saúde”, refere o comunicado enviado à Renascença.
O júri sublinha ainda que Leonor Beleza tornou-se “ao longo de meio século de regime democrático figura de relevo integrando ou liderando organismos em sucessivas instâncias”
Beleza esteve na Comissão da Condição Feminina entre 1975 e 1982, a Comissão de Revisão do Código Civil entre 1976 e 1977, “com particular incidência no Direito de Família” e foi presidente do Comité para a Igualdade entre as Mulheres e os Homens do Conselho da Europa em 1981.
É também destacada a “lúcida determinação” nas funções de Ministra da Saúde que exerceu e agora, na “condução inovadora e generosa da Fundação Champalimaud”.