A primeira unidade de cuidados paliativos pediátricos do país abre este mês, de forma experimental, em Matosinhos, no distrito do Porto, disponibilizando 10 lugares para internamento e outros tantos para ambulatório, anunciou esta terça-feira o Governo.
"Era uma área que estava mais deficitária, aliás, nem sequer existia" e vai localizar-se numa zona de "grande vulnerabilidade social e clínica, onde a exigência de resposta era premente", afirmou o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, no final de um encontro da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), que decorreu na Universidade de Évora.
Na sessão de encerramento, em que interveio, o titular da pasta da Saúde revelou que a nova unidade, designada "O Castelo", vai ser inaugurada no dia 24 deste mês pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
"Temos boas notícias. No dia 24, estarei com o Presidente da Republica no norte do país a inaugurar a primeira unidade de cuidados paliativos pediátricos e, a partir de Julho, teremos as primeiras respostas organizadas no âmbito da saúde mental", disse.
Adalberto Campos Fernandes referiu que o Governo pretende dar "um novo e forte impulso" à rede de cuidados continuados e que esse caminho vai ser feito para "unir o país e para unir as pessoas".
Também em declarações à Lusa, o coordenador da RNCCI, Manuel Lopes, adiantou que a unidade de Matosinhos, a única que abre este ano, vai funcionar de "modo experimental durante um ano", enquanto é preparada uma "expansão da rede".
"Passado esse período inicial que é experimental, vamos fazer a expansão da rede, usufruindo deste ano em que aprendemos em conjunto com o funcionamento desta unidade e com esses profissionais", assinalou.
Segundo o responsável, a unidade de Matosinhos, com 10 camas para internamento e 10 lugares para ambulatório, vai funcionar "em articulação com os hospitais, que vão ter que referenciar crianças com necessidades, e com os cuidados de saúde primários".