Onze meios aéreos e 208 viaturas apoiam os mais de 620 bombeiros no terreno, que combatem o incêndio na região algarvia de Castro Marim. Um fogo que já chegou aos concelhos de Tavira e Vila Real de Santo António.
Ainda não se circula na Via do Infante (A22), cortada nos dois sentidos entre os nós de Monte Gordo e Tavira, e as deslocações Nacional 125 continuam condicionadas para permitir a passagem dos meios de combate às chamas. Entretanto, a GNR apelou a que sejam evitadas as deslocações na zona.
A noite foi de trabalho intenso e de preocupação para com as populações. Perto de 60 pessoas foram retiradas das suas casas por precaução - 26 das quais do concelho de Tavira, como referiu à Renascença a autarca local. "Foi preciso evacuar algumas populações, porque o fogo ameaçou desde a tarde de segunda-feira".
Ana Paula Martins, que também é a responsável pela Proteção Civil, espera que a área ardida seja consolidada com a ajuda dos meios aéreos.
“Neste momento, estamos realmente a lidar com um incêndio com uma dimensão considerável. Já temos áreas ardidas em três concelhos e espero que seja o suficiente e que consigamos dominar o incêndio hoje, é essa a minha expetativa”, refere.
No combate às chamas três bombeiros ficaram feridos. Um deles, comandante da corporação de Algés, incluído num grupo de reforço, que sofreu queimaduras e foi transportado de helicóptero para Lisboa.
O alerta para o incêndio rural foi dado às 1h05 de segunda-feira e o fogo chegou a ser dado como dominado pelas 10h20, mas o "quadro meteorológico severo", com altas temperaturas e vento, estiveram na origem de uma "reativação muito forte, em pleno período crítico do dia, junto à cabeça/flanco direito do incêndio original, e este ficou rapidamente fora da capacidade de extinção", explicou anteriormente o comandante operacional regional de Faro, Richard Marques.
Na segunda-feira à noite, o fogo já tinha entrado nos concelhos de Tavira e Vila Real de Santo António.
De acordo com fonte da GNR, as autoridades estão a fazer "todos os esforços para a reabertura da autoestrada", embora não seja previsível que possa acontecer nas próximas horas.
"O trânsito está muito condicionado na zona. Já por si é mais intenso nesta altura de verão, agora circula muito lentamente entre Vila Real de Santo António e Tavira", sublinhou.