A ministra da Presidência afirmou esta quinta-feira que o Governo está "muito confortável" com o despedimento da ex-presidente executiva da TAP, Christine Ourmières Widener, defendendo que o relatório que sustentou a decisão era inequívoco.
A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, falava hoje no briefing após o Conselho de Ministros, quando foi questionada sobre a entrada do processo em tribunal pela antiga CEO da TAP, que exige 5,9 milhões de euros.
“O Governo tomou uma decisão com base num relatório que é absolutamente inequívoco e por isso estamos muito confortáveis com a decisão tomada”, disse.
A governante sublinhou que o executivo “na altura tomou a decisão com base num relatório da Inspeção-Geral das Finanças (IGF)”, que considerou que “era suficientemente sólido”.
“Quanto ao tema de decisões tomadas fora do enquadramento que deveriam ter sido tomadas, mantém naturalmente a sua decisão. Quanto ao resto, todos temos o direito de nos defender e decidirmos todos os processos que queiramos decidir”, disse.
A agência Lusa confirmou no portal Citius que a ex-presidente executiva da TAP deu entrada na terça-feira com o processo cível contra a empresa, exigindo 5.943.196,16 euros, tendo a ação a ação dos advogados de Christine Ourmières-Widener sido distribuída na quarta-feira ao juiz 3 do Juízo Central Cível de Lisboa, apontando como réus as empresas TAP SGPS e a TAP S.A.
Contactada pela Lusa, a advogada da antiga presidente executiva, Inês Arruda, reiterou a informação disponibilizada no Citius, evitando, por agora, fazer mais comentários: “Confirmo que foi dada entrada a ação contra a TAP e que o valor da ação é esse [5,9 milhões de euros]”.
A Lusa pediu um comentário à TAP e aos ministérios das Infraestruturas e das Finanças. O ministério das Finanças, liderado por Fernando Medina, já respondeu que não vai comentar e aguarda resposta da companhia aérea.