O PCP exige uma intervenção do Governo para que sejam repostas as isenções ao pagamento de taxas bancárias na Caixa Geral de Depósitos. O banco público acabou com as isenções ao pagamento de taxas de manutenção de conta para todos os reformados e pensionistas com mais de 65 anos, passando a só estar isento quem tenha uma reforma até 835 euros.
Num comunicado enviado às redacções, o PCP considera que esta medida decorre das exigências por parte de União Europeia para que a CGD aumente as suas receitas, pelo que este “é mais um passo que visa impor à Caixa critérios de gestão em linha com a banca privada e que, em última análise, favorecem sempre os grupos monopolistas que controlam o sector financeiro no País”.
O PCP considera que a decisão do banco público é ainda mais grave quando entra em vigor em Setembro, no mês seguinte ao aumento das pensões. Por isso, pede uma “intervenção do Governo junto da administração da CGD que reverta esta decisão”. Mas os comunistas vão mais além e pedem também “uma intervenção mais geral que limite as taxas cobradas pela banca privada”.
Este partido aproveita ainda para anunciar que irá tomar medidas, no plano institucional, para que a CGD tenha “uma outra política” que reforce o sue papel na economia nacional.
Entretanto, também o CDS já se pronunciou sobre este assunto, anunciado que vai pedir esclarecimentos ao Ministério das Finanças. "Nós dissemos desde o início que a recapitalização da CGD estava mal explicada, e nós vamos aos poucos percebendo que as condições que o Governo português negociou no âmbito dessa recapitalização são muito lesivas para os contribuintes portugueses e para muitos dos clientes da CGD", disse o deputado João Almeida à agência Lusa.
O diário Público noticiou esta segunda-feira que uma parte dos clientes da CGD deixaria de ter isenções das taxas de manutenção de conta. O banco público já confirmou que enviou cartas a cerca de um milhão de clientes a avisar das alterações nas taxas de manutenção de conta.
Nesse esclarecimento, a Caixa lembra que a isenção de pagamento de comissão de manutenção para reformados com 65 anos ou mais e com uma pensão até 835 euros “abrange a esmagadora maioria do valor das reformas em Portugal (infelizmente)”.
A mesma nota diz que este ajustamento do preçário, que já aconteceu em toda a banca a operar em Portugal, a Caixa posiciona o seu nível de comissionamento num nível intermédio do mercado português.
“Quem não puder a mensalidade mais barata que é de 2,5 euros na Conta Caixa S, tem à disposição os Serviços Mínimos Bancários que na Caixa Geral de Depósitos são gratuitos”, esclarece o comunicado.