Durante quase uma hora, várias pessoas com mais de 60 anos conseguiram recuperar a memória que tinham há 20 ou 30 anos, depois e serem sujeitas à estimulação de duas áreas-chave do cérebro, a ritmos específicos.
A descoberta pode ser um passo importante para o tratamento das chamadas doenças da idade relacionadas com a perda de memória, como o Alzheimer ou a demência.
A investigação foi levada a cabo por especialistas de Boston e as conclusões estão na revista “Nature Neuroscience”.
Ouvida pela Renascença, a neurologista e especialista em doenças do envelhecimento Ângela Valença diz que todas as descobertas nesta área são positivas, mas é preciso aprofundar.
“Tem que se perceber, através dessa experiência o que é que se conseguiu modificar e ver se é consistente: ver se noutras pessoas, noutras circunstâncias, noutros laboratórios também se consegue ter” os mesmos resultados.
“A partir daí, trabalhar no sentido de podermos melhor preservar as nossas capacidades, mesmo quando ficamos mais velhos. É uma experiência que é importante como conhecimento, não é importante para se traduzir em tratamento”, ressalva.
Também a equipa de investigadores norte-americanos adverte, apesar dos bons resultados, que é preciso estudar melhor esta estimulação elétrica do cérebro e fazer mais ensaios clínicos, além de estudar os resultados em grupos maiores.