Figueira da Foz. Navio carregado de vidro aderna no porto com rombo no casco
03-12-2024 - 19:23
 • Vasco Bertrand Franco , Daniela Espírito Santo com Lusa

Um navio com bandeira dos Barbados, entrou na segunda-feira à tarde no porto comercial com um rombo na proa. Teve de ser estabilizado.

Um navio com bandeira dos Barbados, carregado de vidro, entrou na segunda-feira à tarde no porto comercial da Figueira da Foz com um rombo na proa.

À Renascença, o capitão Pedro Cervaens, da capitania da Figueira da Foz, garante que a embarcação já foi estabilizada.

Segundo Cervaens, uma equipa de mergulho verificou, esta terça-feira de manhã, que "havia um rombo de dez metros de comprimento" na proa do navio, o que seria "a origem da entrada de água a bordo" e a causa do adernamento do navio.

"Fez-se a tentativa de injetar água a bordo do navio do outro bordo para o equilibrar, de modo a tentar evitar que ele virasse ou afundasse, algo que foi conseguido com sucesso", explica o capitão.

Para esta quarta-feira está prevista "uma nova operação", agora com o objetivo de tapar provisoriamente o rombo.

Autoridade Marítima Nacional acompanha manobras

A Autoridade Marítima Nacional já confirmou, em comunicado, ter acompanhado os "trabalhos de reflutuação" do navio de carga, confirmando a "situação de adornamento". Em comunicado datado desta terça-feira, é dito que o alerta foi recebido "pelas 20h00 de dia 2 de dezembro" e que foram "de imediato ativados para o local elementos da Capitania do Porto e do Comando-local da Polícia Marítima da Figueira da Foz", bem como bombeiros sapadores e voluntários locais.

"Durante a realização dos trabalhos para equilibrar e estabilizar o navio de carga, foi colocada uma barreira de contenção pelos elementos da administração portuária, para prevenir eventuais focos de poluição" devido ao "rombo no casco".

O cargueiro Orko, de 65 mil toneladas, com 93,3 metros de comprimento, transporta vidro e tinha partido de um porto do sul de França com destino à Figueira da Foz e, posteriormente, a Inglaterra.

Segundo Pedro Cervaens, as operações para normalizar o navio, que incluem a reparação do rombo, com recurso a mergulhadores, vão durar entre dois e três dias. O capitão acredita que brevemente o navio possa ser rebocado para um estaleiro já sem carga, para ser reparado.

A embarcação de grande porte está desequilibrada, estando situada mais a montante do rio e não impede o normal funcionamento do porto.

Os 12 tripulantes do navio, de nacionalidade turca, não sofreram qualquer problema.

No porto da Figueira da Foz (distrito de Coimbra), em apoio às operações, estiveram os Bombeiros Sapadores e Voluntários com 11 operacionais e quatro viaturas, além dos meios portuários.