Gabriel Veron pode ser solução para ataque do FC Porto. “Tem rendimento para isso”
29-12-2022 - 18:20
 • Pedro Castro Alves

Treinador do brasileiro na formação do Palmeiras atesta capacidade para jogar como ponta de lança e tranquiliza os adeptos: não é “um jogador problemático” e adaptação “faz parte do processo”.

Um antigo treinador de Gabriel Veron diz que o jogador mostrou a Sérgio Conceição que pode contar ele na frente, ao lado de outro avançado. A facilidade com que o brasileiro, de 20 anos, se movimentou na zona do ponta-de-lança contribuiu fortemente para a derrocada defensiva do Arouca, que a 10 minutos do intervalo já perdia por 3-0.

Wesley Carvalho, que treinou Gabriel Veron nos escalões jovens, faz notar que a presença do avançado no eixo do ataque do Palmeiras, aconteceu com alguma regularidade, antes e depois da chegada de Abel Ferreira.

“Já fez essa função de avançado, até com próprio Abel Ferreira. Não é algo de novo para ele, está adaptado e tem rendimento para isso. É um jogador de raça, que tem força e pode desempenhar essa posição tão bem como a de extremo”, diz, em Bola Branca.

Quando chegou ao Porto, Veron trazia consigo a marca de episódios pessoais incompatíveis com um bom profissional de futebol.

O antigo treinador do jovem avançado brasileiro sublinha que este sempre foi “exemplar”, embora se possa ter deixado perturbar pela forma rápida como este se impôs no Palmeiras.

“Quando se chega ao profissional há uma mudança salarial, que os jovens têm dificuldade em gerir. Mas não foi nada que possa ser rotulado como um jogador problemático, principalmente com bebida. Os adeptos podem ficar tranquilos. Ele aprendeu muito com esse incidente e acredito que isso deve ter mudado muito a cabeça dele, foi algo isolado. É muito humilde, nunca criou problemas na formação, muito pelo contrário”, explica, em entrevista à Renascença.

Wesley Carvalho, agora treinador-adjunto no Athletico Paranaense, acredita que Veron ainda vai dar mais ao FC Porto, mas precisa de mais algum tempo.

“Acredito que deva ser uma questão de adaptação, faz parte do processo. Acredito que seja mais isso, do que uma dificuldade dele”, conclui.