O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, afirmou esta sexta-feira em Beirute que "o Líbano não está só", durante um dia de orações decretada pelo papa para este país e um mês após a explosão no porto da capital.
A mensagem surgiu dois dias após um apelo do papa aos crentes de todo o mundo para um "dia universal de oração e de jejum pelo Líbano", um país multirreligioso que atravessa uma profunda crise.
Ao emitir o apelo, que se concretiza esta sexta-feira, o Papa Franscico considerou que o Líbano enfrenta "um perigo extremo" e não pode ser "abandonado à sua solidão".
Na sequência de um encontro esta manhã com o Presidente libanês Michel Aoun, o cardeal Parolin assinalou que "a Santa Sé concede uma grande importância ao Líbano. O Líbano não está só".
Numa alusão às diversas comunidades religiosas neste país multiétnico, acrescentou que o Líbano "deve preservar as suas componentes" que formam a "identidade" do país.
O número dois do Vaticano deslocou-se de seguida à zona do porto de Beirute, epicentro da trágica explosão de 4 de agosto que devastou bairros inteiros da capital, com um balanço de 191 mortos e mais de 6.500 feridos.
Visitou ainda escolas e hospitais situados nas zonas sinistradas, antes de se deslocar à sede da Igreja maronita para se reunir com os patriarcas das diferentes comunidades católicas do país.
"Estou aqui para expressar (...) a solidariedade da Santa Sé com o povo libanês afetado por esta terrível explosão", declarou em conferência de imprensa.
"Não tenham medo", referiu em mensagem aos libaneses, em particular à comunidade cristã.
O adjunto do papa chegou na quinta-feira a Beirute, onde se encontrou com diversos chefes religiosos cristãos e muçulmanos antes de celebrar uma missa ao ar livre no santuário de Nossa Senhora do Líbano, a norte de Beirute.