O ciclista Ricardo Vilela, que já estava a cumprir uma suspensão de três anos, foi suspenso por mais sete pela Autoridade Antidopagem de Portugal, por anomalias no passaporte biológico, enquanto José Gonçalves vai cumprir quatro anos de sanção.
De acordo com a lista de sanções disciplinares da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), hoje atualizada, Ricardo Vilela viu estendida a sua suspensão até 14 de julho de 2032, com os novos sete anos de suspensão a contarem a partir do momento do final dos três já em vigor, por “posse de substância e método proibido”.
Já José Gonçalves, também ele ex-ciclista da W52-FC Porto e arguido no processo ‘Prova Limpa’, enfrenta quatro anos de suspensão por “posse de substância proibida”, mais um ano do que as sanções aplicadas aos seus antigos companheiros que colaboraram com a ADoP.
Em 4 de outubro de 2022, a ADoP anunciou a suspensão de sete ciclistas, incluindo Vilela. Rui Vinhas e Ricardo Mestre, vencedores da Volta a Portugal em 2016 e 2011, respetivamente, foram sancionados por três anos, por “posse de substância proibida e método proibido”, o mesmo motivo evocado pela ADoP para suspender por igual período Daniel Mestre, José Neves e Samuel Caldeira, além de Vilela e João Rodrigues.
O algarvio, vencedor da Volta a Portugal de 2019 e da Volta ao Algarve de 2021, viu o seu castigo agravado em quatro pela União Ciclista Internacional, por anomalias no passaporte biológico.
A ADoP reduziu a suspensão dos sete ciclistas de quatro para três anos por terem “confessado”, ao contrário do que aconteceu com Gonçalves, Joni Brandão, e Jorge Magalhães, assim como com quatro elementos do ‘staff’ da equipa, incluindo Nuno Ribeiro.
Todos eles estão entre os 26 arguidos acusados de tráfico de substâncias e métodos proibidos no âmbito do processo ‘Prova Limpa’, que desmantelou a equipa W52-FC Porto, grande dominadora do ciclismo nacional nos últimos anos.
O Ministério Público acusou 26 arguidos, incluindo o antigo diretor desportivo Nuno Ribeiro e o ‘patrão’ da equipa Adriano Quintanilha de tráfico de substâncias e métodos proibidos, com estes dois a responderem ainda pelo crime de administração de substância e métodos proibidos e a serem acusados, a par do o diretor geral Hugo Veloso, de terem elaborado “um esquema” de dopagem para “aumentarem a rentabilidade” dos corredores da equipa.