É um projeto que já passou por vários ministros da Cultura e outros tantos diretores do Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa. A ampliação da área do museu instalado no Chiado vai finalmente avançar. O anúncio foi feito esta terça-feira pelo ministro da Cultura.
À margem da doação de dois quadros da coleção privada de Jeanne e João Pinto de Figueiredo, Pedro Adão e Silva confirmou que “serão ocupadas as áreas devolutas que faziam parte das antigas instalações da PSP”.
Segundo indicou o titular da pasta, a intervenção vai “permitir uma duplicação da área de reservas” que até aqui tinha 125 metros quadrados. As obras de alargamento vão também levar à duplicação da área de exposição que “passará dos atuais 1700 metros quadrados para cerca de 3700 metros quadrados”, detalhou Pedro Adão e Silva.
Já este ano será lançado o concurso público que contará com a “assessoria técnica da Ordem dos Arquitetos”, indicou o ministro que acrescentou que será também “elaborado o plano museológico”. Esta é uma intervenção que não é feita no âmbito do PRR, esclareceu Pedro Adão e Silva que sublinhou tratar-se de “investimento” do Governo na área dos museus.
Questionado pela Renascença sobre o valor em causa para esta obra, Pedro Adão e Silva preferiu não dar uma ordem de grandeza. Quanto às obras que poderão decorrer já no ano de 2024 e 2025, o ministro indicou que não irão implicar o encerramento do museu ao público.
Nas palavras de Pedro Adão e Silva, estas obras no Museu do Chiado são um “um virar de página e uma ambição renovada no Museu de Arte Contemporânea”, que juntamente com o novo museu que ficará no Centro Cultural de Belém irá criar um dinamismo em torno da arte moderna e contemporânea.
No caso do museu do Chiado terá “um perfil mais nacional”. A comprovar isso mesmo, esta terça-feira o museu integrou mais duas peças no seu espólio. A cerimónia que contou com a presença do Presidente da República e da secretária de Estado da Cultura marcou o momento em que o Museu de Arte Contemporânea recebeu a doação de um quadro de Amadeo de Souza-Cardoso e outro de Manuel d’Assumpção, ambos da coleção privada de Jeanne e João Pinto de Figueiredo.