Cerca de 40.000 grávidas sírias correm o risco de terem os seus filhos sem condições sanitárias nos próximos meses, por causa dos sismos ocorridos na Síria e na Turquia, alertou, esta quarta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU).
A diretora regional do Fundo de População da ONU, Laila Baker, esteve de visita a Alepo, uma das áreas da Síria mais fustigadas pelos sismos do passado dia 6, e constatou que grande parte das instalações de saúde está danificada, não tem o equipamento básico necessário para partos nem medicamentos.
A ONU estima que cerca de 40.000 mulheres sírias estão em situação de perigo, de poderem ter um parto nos próximos três meses sem condições mínimas, pelo que apelou a uma recolha de pelo menos 24 milhões de dólares de donativos.
O Fundo de População da ONU, responsável pela área da saúde sexual e reprodutiva, tem estado a prestar auxílio tanto nas zonas que estão controladas pelo governo sírio como nas regiões que estão sob controlo de grupos opositores do regime.
Os dois sismos ocorridos a 06 de fevereiro tiveram uma magnitude de 7,7 e 7,6 na escala de Richter, tendo causado mais de 35.000 mortos na Turquia e 5.000 na Síria, segundo o balanço mais recente, que poderá aumentar à medida que forem removidos os escombros.