Com os confinamentos e a redução da mobilidade, um dos mercados que mais sentiu o impacto da Covid-19 foi o dos combustíveis. A queda do consumo foi significativa, em todo o mercado de produtos petrolíferos (combustíveis rodoviários, asfaltos, químicos, aviação, marinha, fuel e GPL), em 2020 e em 2021.
Segundo a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro), que representa os produtores, o consumo ficou abaixo de 2019, cerca de 19% e 16%, respetivamente.
Além de atingir toda a cadeia de fornecimento, a diminuição das vendas nos últimos dois anos provocou também "um considerável aumento dos custos fixos unitários de exploração dos Postos de Abastecimento", agravados pela redução na venda de produtos de conveniência também disponíveis nestes locais.
Menos referida, esta quebra nas vendas afetou ainda a atividade e a rentabilização de ativos. "Houve assim alguns custos fixos que não foram cobertos pela atividade operacional das empresas", diz a Apetro, em comunicado.
Pela positiva, estão os impactos ambientais, que "foram minorados, embora à custa de uma situação excecional".
As produtoras consideram que esta é uma "oportunidade, e não apenas uma desvantagem, para repensar alguns dos fatores que caracterizam esta atividade, procurando uma otimização e melhor capacidade de gestão logística e cooperação setorial."