O líder do PSD faz um “reparo” ao Presidente da República. Pedro Passos Coelho considera que Marcelo Rebelo de Sousa devia ter defendido o Conselho de Finanças Públicas dos ataques do Governo e da esquerda.
“Teria gostado de ver o Presidente da República a defender a independência do Conselho de Finanças Públicas e a idoneidade de Teodora Cardoso, quando foi fortemente criticada pela esquerda e até pelo primeiro-ministro”, afirma Passos Coelho em entrevista à SIC.
O antigo primeiro-ministro referia-se às declarações de Teodora Cardoso, que em Março deste ano disse em entrevista à Renascença e ao Público que a redução do défice foi um “milagre” feito com “medidas não sustentáveis.
Na leitura de Pedro Passos Coelho, Marcelo podia ter saído em defesa “independência e credibilidade” do Conselho de Finanças Públicas, uma instituição independente, “porque isso não é matéria do jogo partidário”.
Na altura, o Presidente disse que o défice de 2016, que desceu para 2,1%, não era nenhum milagre e tinha "saído do pêlo dos portugueses".
Questionado sobre os elogios do Presidente da República ao Governo, o líder social-democrata respondeu que Marcelo Rebelo de Sousa "não está em Belém para desenvolver a estratégia do PSD nem de qualquer outro partido".
"O Presidente está num plano diferente do plano partidário, fornecendo cooperação activa com os órgãos de soberania e o Governo”, salientou.
Passos diz que Marcelo tem "cumprido com o papel de cooperação com o Governo" e não considerado isso como algo "estranho".
"Saber se o Presidente carrega mais ou menos nas tintas, isso é uma matéria que eu deixo para os comentadores", remata o antigo primeiro-ministro.