O Parlamento deu esta sexta-feira luz verde à proposta que permite aos politécnicos conferir grau de Doutor e a utilização da designação de “Polytechnics University” (Universidades Politécnicas).
Para a presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), “é um dia histórico” para o Ensino Superior Politécnico, que “irá imprimir uma nova dinâmica” a todo o ensino superior em Portugal.
À Renascença, Maria José Fernandes defende que o Ensino Superior Politécnico pode desempenhar um papel determinante na dinamização dos territórios, desde logo porque “aproxima as instituições de ensino ao mercado de trabalho”.
Acredita, por isso, que esta possibilidade “ganha especial relevo nas regiões de baixa densidade onde não há, a não ser politécnicos”, acrescentando que as empresas, “que necessitam de tudo o que é inovação e investigação”, podem assim recorrer “às instituições que têm nos seus territórios”.
Politécnicos passam a ter nome em inglês
Outra das ambições era a alteração da denominação para Universidades Politécnicas, com a possibilidade de assumir também o nome em inglês: "Politechnic University", para garantir “uma maior aceitação internacional”, considera a presidente do CCISP.
Maria José Fernandes explica que assim será “mais fácil captar estudantes internacionais”, admitindo que “essa é uma das limitações” destas instituições de ensino.
A responsável acrescenta, ainda, que o reconhecimento internacional será ampliado, com as nomenclaturas utilizadas um pouco por toda a Europa.
Esta alteração legislativa foi fortemente impulsionada pela iniciativa legislativa dos cidadãos “Valorização do ensino politécnico nacional e internacionalmente”, que requeria a alteração da designação dos Institutos Politécnicos para Universidades Politécnicas, bem como a possibilidade legal de outorga do grau de doutor.