André Ventura criticou esta segunda-feira a atitude do PS e do PSD face ao relatório da comissão de inquérito à gestão da TAP. O líder do Chega lamenta que a preocupação dos sociais-democratas seja proteger o governo de Passos Coelho, e classifica como “lava-pés” e “puro desprezo” pelos deputados as duas páginas que os socialistas apresentaram.
Ventura apontou o dedo à falta de preocupação do PSD e da Iniciativa Liberal em fazer alterações ao relatório da comissão parlamentar de inquérito à gestão da TAP, apresentado na semana passada, e diz que o partido liderado por Luís Montenegro apenas quis proteger o governo que liderou até 2015.
O líder do Chega diz que o relatório é “uma miniatura do que foi feito” e um “documento de lava-pés”, e repudia “veementemente” as alterações propostas pelo Grupo Parlamentar do Partido Socialista, que são “um desprezo” pelo trabalho feito.
Depois de uma visita do Chega à sede da Fundação JMJ, Ventura anunciou que enviou ao Ministério das infraestruturas um conjunto de perguntas sobre os novos documentos que alegadamente terão sido classificados por João Galamba em vésperas do inquérito à TAP, e avisou que se as respostas não forem satisfatórias, vai fazer uma denúncia ao Ministério Público pelo “uso abusivo do mecanismo para condicionar o acesso a documentos”.
“Tudo aparenta ter sido por causa da comissão de inquérito à TAP”, considera André Ventura, referindo-se à classificação de mais de uma centena de documentos, revelada pelo jornal Público, e apontando que esta classificação de documentos “permitiu o recurso às Secretas” para recolher o computador de Francisco Pinheiro.